Março Amarelo

O mês de março é marcado pela campanha de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença renal crônica (DRC). Mas por que a DRC precisa de uma campanha tão grande assim? Em medicina veterinária a resposta é simples: é uma condição muito comum e uma das principais causas de óbito em pequenos animais. Algumas características desta doença a tornam um grande desafio para os clínicos veterinários e uma grande frustração para os tutores. Inicialmente, a DRC é uma doença progressiva, de início silencioso, que se torna evidente quando a função renal já está severamente comprometida. Além disso, a DRC pode surgir a partir de diversas causas, ou podem estar associadas a outras doenças ou até aos tratamento destas (lesões renais por medicamentos), o que dificulta bastante seu diagnóstico. Aliados a tudo isso, temos a pior característica da doença, ela não possui cura. Mas como podemos tentar contornar estas dificuldades? De uma forma simples, com o diagnóstico correto e precoce. Quanto mais cedo a DRC for diagnosticada e os tratamentos específicos iniciados, maiores as chances de retardarmos a progressão da DRC e darmos qualidade de vida aos nossos pets. Apesar da DRC ser mais frequente em animais idosos, os cães jovens também podem desenvolver. Existe diversas raças que apresentam predisposição genética para DRC como Shih Tzu, Lhasa Apso, Samoieda, Sharpei, Bernesse, Persa, Exótico, Abssínio, entre outros, que podem desenvolver a doença muito jovens. Portanto, precisamos ficar atentos a alguns sinais, como diminuição do apetite, vômitos, emagrecimento progressivo, ingestão excessiva de água, produção excessiva de urina, hálito forte e doença periodontal severa. Caso seu Pet apresente alguns destes sinais, possui mais de 6 anos ou é uma raça predisposta a DRC, procure um especialista para avaliação da função renal, pois os melhores resultados no tratamento dependem de um diagnóstico precoce.